Republica – Speed Ballads

Republica - Speed Ballads

 

 

 

 

 

 


Nome da banda:
Republica
Nome do disco: Speed Ballads
Data de lançamento: 1998, Deconstruction
Gênero: britpop
Fator vergonha: 4,5/5
Momento vergonha plus: A faixa “Pretty Girl Lies” é prontinha pra trilhas sonoras de filmes como “Nunca fui beijada” ou “10 coisas que eu odeio em você”.

O pop pode ser bem vergonhoso e o pop feito na Terra da Rainha à partir do começo dos anos 90 tem uma vocação bem pronunciada para o vexame. O britpop criou tanto grandes faróis luminosos da cena inglesa como Blur, Radiohead e Manic Street Preachers quanto bandas que estavam sempre escorregando no quiabo como Pulp, Suede e Keane. É só pensar em programas como Top of The Pops e já dá pra imaginar como os ingleses conseguem ser pomposamente ridículos.

Como todo tipo de rótulo grande e gordo, o britpop esmagou um sem número de bandas que surgiram na metade dos anos 90. No meio dessa massaroca estava o Republica. A banda ganhou fama com o hit pop “Ready to Go”, lá em 96. Passava na MTV, era chicletinho, revoltadinho e muito bacana, se você me perguntar. Uma banda comum se não fosse pela figura luminosa, radiante e completamente espetaculosa da vocalista Saffron. A moça nasceu na Nigéria e cantou em diversas bandas antes de chegar ao vocal do Republica. Saffron. Seu cabelo é vermelho, como o próprio nome já prediz. Seu olhar é penetrante e exótico. Sabe Angelina Jolie novinha naquele filme “Hackers – Piratas de Computador”? Sabe? Veja bem, pra um garoto de 14 anos é tudo que você precisa para virar fã de uma banda.

Até aí era simplesmente mais um caso de banda pop sem muito futuro. E realmente, não houve muito futuro para eles mesmo. Lançaram Speed Ballads, em 98, e fecharam a banquinha. Mas deixaram um disco que apesar de ter a data de fabricação estampada em todos seus pequenos detalhes é surpreendentemente divertido e cuidadoso.

O disco fala de temas futuristas e até de desolamento pós-moderno, numa sonoridade que mistura tudo de bacana que estava acontecendo no momento. Tem guitarras distorcidas a la Ash e Muse, batidas eletrônicas influênciadas pelo Big Beat e claro, formatos musicais muito adequados para as rádios, ou seja, refrões pegajosos e produção brilhante e com o ganho lá em cima.

Mas o destaque mesmo fica por conta de Saffron. A moça canta empolgadamente (muito embora de forma meio desafinada em alguns momentos…. mas po, ela é ruiva, exótica e totalmente deliciosa, vamos dar uma colher de chá pra ela) nas 10 faixas do disco. Ela dispara rimas com olhar de menina bonita e insinuante, como “Creature you,  Creature me. I shed my coat,  But it turned winter, Just look at the weather”.  Ela canta sobre minidiscs e tamagotchis. Em “Kung Fu Movies” ela arrisca até um mandarim eshperto, kownloon style. Saffron, Saffron…. assim a gente fica cego por você, sem saber exatamente se a sua banda é boa mesmo ou se fomos enganados pelo truque mais velho do mundo. De qualquer forma, vale a audição, sem compromissos.

[MEDIAFIRE]

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